02 abril 2009

Pinto Ribeiro e a Política Cultural

Todos temos direito a resposta...
O meu post anterior tinha questões e este tem algumas respostas.
Artigo da Lusa de dia 27 de Março:


O Governo vai investir 30 milhões de euros num "cluster" de artes e indústrias criativas com vista à criação de mais emprego, disse o ministro da Cultura em entrevista hoje publicada no Jornal de Negócios.

José António Pinto Ribeiro esclareceu que, com este "cluster", pretende também maior eficácia cultural, que não se traduza apenas no número de pessoas (visitantes) que "entrem e saem" mas em que estas "sejam contaminadas".

"Rigor e imaginação" é o que Pinto Ribeiro, há cerca de ano e meio no Palácio da Ajuda, pede a quem gere as instituições culturais.

Na mesma entrevista, o titular da pasta da Cultura reafirmou a sua aposta nas "parcerias" para "fazer mais" e também criar emprego em tempos de crise.

Concretamente, propõe o estabelecimento de parcerias "com as empresas para qualificar, gerar emprego, haver mais obra".

Referindo-se ao orçamento do seu Ministério, Pinto Ribeiro fez a destrinça entre o que está orçamentado - 0,45% - e o que é aplicado, e deu como exemplo o programa InovArt, que a partir de verbas do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social irá colocar 200 jovens artistas até 35 anos a estagiar no estrangeiro.

Esta aplicação, segundo o ministro, permite ao seu ministério usufruir de mais cinco milhões de euros que não estão no seu orçamento mas que executa.

Em termos orçamentais, o responsável apontou o ano de 2005 como o pior em termos de execução e assinalou ter-se notado uma melhoria sucessiva a partir de 2006 até 2008. "2008 foi o primeiro ano em que se atingiu 102% de execução do orçamento", indicou.

Reconhecendo que as actuais condições não são as melhores, frisou que, para si, "uma coisa é absolutamente clara": se os seus antecessores "tivessem tido um êxito extraordinário" o problema não existia.

Referindo-se às recentes críticas do ex-ministro Manuel Maria Carrilho, Pinto Ribeiro observou que elas surgem "em função de um calendário e de um projecto político pessoal".
Pinto Ribeiro, que foi apoiante da candidatura de Manuel Maria Carrilho à Câmara de Lisboa, lamentou que o seu predecessor no cargo não tenha "conversado" consigo e acusou-o de não ter feito "o trabalho de casa" nem ter visto "os números reais".

Considerou ainda que Carrilho "podia ter feito a crítica nos anos em que ela era justificada" e "antes de ser nomeado embaixador" de Portugal na UNESCO em Paris.
Eu espero ansiosamente para saber mais coisas deste cluster e sobretudo espero, tal como referiu na entrevista, "que o próximo mandato seja o da Cultura, tal como este foi o da Ciência".

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